12 de agosto de 2017
Não seja inimiga de si mesma
Como já disse algumas vezes sou mãe de duas crianças, uma de três e outra de sete anos e uma coisa que tenho reparado é o quão somos carrascas com nós mesmas, temos sempre a tendência de cobrarmos a nós mesmas a atenção que gostaríamos de dar as crianças, ou achamos que demos mais atenção ao filho mais novo e o filho mais velho ficou de lado, ou nos culpamos pela queda do filho e etc. como se já não fosse suficiente culparmos a nós mesmas ainda precisamos lidar com as pessoas e seus olhares criteriosos e as vezes até mesmo cheios de veneno para culpar-nos dizendo o quão horrível somos como mãe por não seguirmos seus rigorosos critérios. E no meio dessa doideira toda se não vigiar-mos, piramos! Não podemos acreditar nas nossas cobranças insanas, muitas mulheres tem a síndrome de super mulher quando na verdade somos apenas mulheres e precisamos conhecer nossos limites.
Eu cheguei até pensar que era somente comigo que isso acontecia, mas comecei a reparar que muitas mulheres passam pela mesma situação, e analisando esse cenário, percebo cada vez mais que cada uma tem de fato seu limite, seu jeito e devemos respeitar isso, pois Deus nos criou para sermos únicas, e não uma série de robôs programados para executarem tarefas ou moldar-nos em quaisquer modelo social pre-estabelecido ou esteriótipo. Não se comparem, vigie os pensamentos neuróticos, que nos levam a exaustão por achar que somos mulheres super poderosas.
Nossos filhos precisam ter uma mãe equilibrada e feliz, precisam aprender a respeitar nossas limitações e conhece-las, e isso só é possível se reconhecer-mos em nós mesmas essas limitações. Isso fará deles adultos mais estáveis e libertos do ativismo que a sociedade nos impõe.
Eu tinha vinte anos quando dei a luz minha primogênita, com a gestação dela eu tranquei minha faculdade para poder ser mãe em tempo integral, pois eu queria participar de cada momento de seu desenvolvimento, e não queria coloca-la em creche ou deixar com babá por exemplo, foi uma escolha minha e não julgo quem assim o faz. Quando ela estava completando quase quatro anos, descobri a gravidez da minha caçula, que foi um susto, pois não havíamos planejado, e foi exatamente no mesmo período que eu estava querendo voltar a estudar e mais uma vez adiei essa ideia para me dedicar a elas e a minha família. Muitas das vezes sinto a discriminação por minhas escolhas como não ser uma profissional e trabalhar fora por exemplo. Quando paro para refletir percebo que não devo me sentir inferior pelo fato de não ter obtido um diploma acadêmico, ou ter seguido uma carreira profissional, vejo que na verdade essas escolhas fazem de mim uma mulher fiel as minhas próprias convicções, e eu vejo da seguinte forma: Um diploma posso tirar em um outro momento da minha vida, a infância das minhas filhas não. É momento único, e ninguém pode substituir uma mãe na vida delas. Sou grata à Deus, pois pude fazer essa escolha, pois muitas mulheres não podem. Não podemos ter um pensamento que os seres humanos são generalizados, e sim perceber que cada ser humano é único e com habilidades únicas. Não critique alguém por não pensar igual a você, somos diferentes!
Para finalizar não deixe os outros ditarem qual é o seu valor, o seu valor quem define é você. E valorize-se pois se Deus te criou, e mandou seu único filho para morrer por você, o seu valor é um alto preço. Ou seja você é uma valiosa mulher! Ame-se, respeite seus limites, não deixe as pessoas dizerem qual é o seu limite, pois quem define o seu limite é você mesma. Rejeite as críticas que são para te destruir, e rejeite a sua auto crítica, que insistimos em fazê-la e que nos leva a padrões insanos. Uma dica para facilitar tudo, busque a direção do Espírito Santo, pois com Ele tudo flui melhor.